Thursday, November 24, 2011

De uma janela...

De uma janela, vejo o mundo
vejo o tempo a girar
vejo a juventude passar
e a não voltar

Vejo as estações em constante renovação
da primavera ao verão,
do outono ao inverno
até a nova iniciação

E eu onde estou?
para onde vou?

O destino existe?
ou será tudo coincidencia
e aleatoridade?
não haverá vontade?

À janela me sento, e as árvores cheias de fruto
a despidas passam
e no vidro me encontro,
num relexo perdido e escondido

Cheio de ilusórias sensações
revejo-me
é triste...a transformação
como é humilde a nossa humana condição

De liso a enrugado
de erecto a dobrado
de vivo a pó

E é só, o que da janela vejo e esqueço.